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PLANO DE SEGURANÇA DE ÁGUA PARA EDIFICAÇÕES E INDÚSTRIAS

13 . JUL . 07 | 14:29

PSA


Plano de Segurança da Água para Edificações e Indústrias: gestação de risco por infestação, aspiração e contato.

Tradicionalmente o risco da água para os seres humanos foi pensado quase que exclusivamente para sistemas de água potável vinculando os perigos a ingestão. Hoje já se sabe, entretanto, que os riscos à saúde humana podem estar associados aos mais diferentes sistemas, sejam ele de água potável, industrial, de resfriamento, ornamental, irrigação e assim por diante. Nem sempre esses sistemas podem causar mal ou dano ao ser humano quando há um consumo direto e consciente da água, como quando ela a utilizada como alimento ou alimentação.

Os riscos da água podem estar inclusive vinculados a perigos ambientais ao ser humano, como por exemplo, sistemas de resfriamento que podem disseminar na atmosfera por quilômetros de distancia gotículas de água contaminadas com Legionella (uma bactéria que pode causar sérias pneumonias). Recentemente ocorreu o marco legal no Brasil para um grande ganho no controle e gerenciamento de riscos associados a água.

Nova cultura no controle da água
O PSA (Plano de Segurança da Água) vem com o intuito de ser uma mudança na cultura do controle da qualidade água reconhecendo que a sua verificação por meio de análises laboratoriais não são suficientes para garantir um patamar aceitável de segurança para a saúde humana. As análises, além de muito focadas para os perigos vinculados à ingestão, não dão uma resposta rápida o suficiente para se evitar o consumo de água contaminada. Além disso, laudos laboratoriais são custosos, pontuais e quando os resultados são emitidos, a água já foi consumida e utilizada muitos dias antes.O PSA é uma ferramenta a ser utilizada pelo gestor e responsável pelo sistema de abastecimento ou pela seleção alternativa de água com duas metas:

1. Conhecer profundamente as fraquezas e riscos do seu sistema de água e quais danos ele pode ocasionar a saúde dos seus usuários diretos ou indiretos;
2. Ter uma estratégia de gerenciamento constante e rotineiro dos riscos para ter uma água segura em seu sistema e minimizar a possibilidade de consumo de água não segura.


Dessa forma, um sistema seguro de água é aquele em que a gestão de sua operação não apenas conhece seus perigos e vulnerabilidades, mas tem os seus riscos mapeados e avaliados, suas medidas de controles adequadas e monitoradas assim como também, e mais importante, tem a capacidade de agir e corrigir desvios em tempo hábil de não haver consumo de água sem segurança.

PSA para Edificações e Industrias

Em um primeiro momento, pode parecer que esse tipo de ferramenta é necessário apenas para grandes empresas de distribuição de água ou para grandes empreendimentos. Contudo, em vista dos novos desafios da sustentabilidade, do aumento do reuso de água, do uso indiscriminado de fontes, assim como também da frequente constatação da deterioração geral da qualidade da água, e, principalmente, do aumento das responsabilidades legais da sua gestão e seus usos (como iniciamos este artigo), a segurança da água também é um conceito valioso para a operação, gerenciamento e consumo da água no interior de qualquer edificação ou industria.

O Plano de Segurança da Água não a uma ferramenta simples de ser elaborada. Segundo orientações da Organização Mundial da Sade, recomenda-se utilizar o método HACCP, o mesmo utilizado pela industria alimentaria e propale trás etapas principais:

1. Avaliação do Sistema;

2. Monitoramento Operacional;

3. Plano de Gestão.

Seguindo as orientações da Organização Mundial da Sade, o Plano de Segurança da Água para Edificações e Industrias, atende as exigências e desafios propostos pela legislação brasileira para água de consumo humano e vai além. Todos os sistemas de água da edificação ou indústria (não apenas os sistemas de água potável) são avaliados em seus aspectos e unidades internas (fonte de água, desinfeção/tratamento, distribuição e pontos de consumo) e os perigos são mapeados e identificados em quatro aspectos: ingestão (assim como também matéria prima), inalação (com destaque a bactéria Legionella), contato (contaminação através da pele e das mucosas) e desabastecimento de água (essencial para o funcionamento do empreendimento).

Seguindo as três etapas propostas pela Organização Mundial da Saúde, após descrição e identificação dos riscos, um Plano de Melhorias deve ser proposto de forma compreensiva e detalhada para priorizar ações e investimentos. Esta é uma parte bastante importante quando se trata da segurança da água, não adianta ter soluções ou propostas pré prontas pois é sempre necessário avaliar junto com o gestor do sistema de água qual a melhor soleçãoo para cada risco identificado e qual a possibilidade do empreendimento de suportar econômica e operacionalmente tais soluções.

O Plano de Segurança da Água para além da obrigação legal instituída no Brasil é também uma ferramenta valiosa para qualquer gestor de sistema de água que queira não apenas conhecer a fundo suas vulnerabilidades (que sempre existem) mas também ter uma forma de apresentar para seus colaboradores, clientes, usuários e consumidores que ele possui um gerenciamento eficiente para minimização e mitigação de riscos associados a agua.

Fonte: Setri.
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